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OAB-BA integra Oitiva Interreligiosa pela Liberdade

A OAB-BA, através da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, esteve presente na primeira Oitiva Interreligiosa pela Liberdade. O evento, realizado pela SEPROMI, aconteceu na tarde desta terça-feira (23), no Fórum Ruy Barbosa, e celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado em 21 de janeiro. O encontro contou com as presenças de persas lideranças religiosas, membros do judiciário, do Ministério Público, dentre outras autoridades. De acordo com a presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da OAB-BA, Maíra Vida, o forte legado colonialista do Brasil reforça a importância de falar sobre intolerância. "Temos um quadro onde as minorias religiosas são grupos vulnerabilizados sistematicamente. Precisamos ouvir essas lideranças religiosas e saber quais as suas demandas para que possamos revesti-las de juridicidade", disse. O sheik Abdul Hammed Ahmad, do Centro Cultural Islâmico da Bahia, o momento atual é propício para falar sobre intolerância, sobretudo por conta do modo como determinados grupos religiosos vêm sendo retratados. "Estão falando coisas que não existem sobre a religião islâmica, sobre o Candomblé. Por isso estamos todos aqui fazendo o mesmo papel, que é unir e trazer a paz. As religiões têm regras, mas temos coisas em comum, como a paz e a união", afirmou. Para Maíra, a OAB é peça fundamental nesse processo de instauração do respeito interreligioso. "Por ter credibilidade junto à sociedade civil, a OAB pode fazer a atuação de mediadora de conflitos. Temos sido demandados porque dentro das nossas vocações está a possibilidade de mediação desses conflitos pela defesa da justiça social". Intolerância é ignorância A coordenadora executiva da Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Cleia Costas dos Santos, destaca que a intolerância religiosa tem causado muitos danos ao tecido social. "A intolerância é a ignorância da fé do outro e uma atitude que agride a liberdade religiosa. Por isso tem que ser tratada nos seus aspectos persos, inclusive o jurídico", pontua. O desembargador Lipaldo Brito expressa a sua preocupação com o crescimento dos casos de intolerância não só no Brasil como no mundo. "Estamos vivendo um momento difícil em todo o planeta, onde pessoas de grupos vulneráveis estão buscando refúgio para garantir a sua fé. Aqui no Brasil, temos acompanhado o recrudescimento de uma intolerância, principalmente contra as religiões de matrizes africanas, e isso é fruto do racismo", afirmou.
23/01/2018 (00:00)
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